O poder das propagandas tem se mostrado capaz de atingir até o consumidor em potencial mais alienado, desde que tenha dinheiro para comprar. O capitalismo tem como base de sua estrutura o ciclo e a movimentação do mercado, de maneira que não pode manter-se estagnado. Logo, a melhor maneira de fazer tal processo acontecer, da forma mais lucrativa possível, é a competição. Ela oferece a chance ao consumidor de escolher em que vai gastar o dinheiro, até o momento no qual o produto começará a escolher o consumidor. E é nesse ponto em especial que entra a propaganda.
A propaganda é a manifestação na mídia da Razão Instrumental de Adorno e Horkheimer, pois é o ápice da técnica para aumentar a produtividade, de modo que age diretamente sobre a demanda do produto, atingindo o consumidor diretamente. Com elas, o “alvo” pode comprar qualquer produto sem ter tido experiência alguma com este, baseando-se muitas vezes no depoimento de pessoas desconhecidas que apresentam um sorriso amigável (e muitas vezes forçado).
Com meios de comunicação como a televisão, ou até mesmo a Internet, é possível atingir a boa parte da população, mas não toda. Todos os que não podem adquirir uma televisão, ou então não tem acesso à Internet, provavelmente estão aquém do poder aquisitivo necessário para tornar-se um consumidor, se não ávido, ao menos freqüente, ou seja, como pontos de partida, todas as propagandas que chegam a você, não são por mera coincidência, mas porque você tem o poder de consumir os produtos que te oferecem.
O intuito de veicular um produto nos meios de comunicação é a pura manutenção do capitalismo, e, consequentemente, o aumento da lucratividade da empresa. Ou seja, tudo o que você vê na televisão, nos jornais, estampados nas revistas, que te retira da realidade e te oferece uma nova, mais interessante e atrativa, visa o lucro e a segurança de que toda a nação, formada por aqueles de significativo poder aquisitivo, manterá a estrutura da sociedade atual.
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