sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Homem do Terno Branco

As vezes tem que se tomar cuidado com certos tipos. Aqueles que mostram uma certa diferença perante aos outros. É bom manter os olhos abertos, pois acredite, a caminho de uma festa não poderá perdê-los de vista. São uma boa diversão, principalmente depois de umas e outras viradas de copos.
Um caso em específico aconteceu não há muito tempo. O sujeito em especial era um parente próximo, que, na dita ocasião, apareceu com um terno branco. Não fazendo desfeita ao terno, ratifico que era um terno de Linho, 120 Fios, Inglês. Tirando uma ou outra manchinha amarelada devido ao tempo do tecido (proveniente do falecido vô Amprílio do sujeito em questão) a peça não deixava a desejar, de fato muito fina. Até então, tudo normal. Uns comentários positivos a respeito do terno, um elogio sutil. De fato, ele ficou parecendo um galã, se não de Hollywood, pelo menos de Las Vegas.
Chegou então a hora da festa. Copos cheios, copos vazios, cheios, vazios, e por aí vai. Então começaram os comentários pouco construtivos. Nada extremamente fora do comum. Uns pensamento até "filosóficos" no começo, diga-se de passagem: Não somos donos de nada! Experimente deixar de pagar o IPVA e veja se continua "dono" do veículo. Não pague o IPTU e presencie sua casa indo a leilão. Realmente, ele tinha muita razão. Ou então, "o melhor plano de saúde é dinheiro no bolso, pois não tem letras miúdas e não some de mês em mês." Cá entre nós, ele poderia escrever até um livro.
Depois de alguns truques de desaparecimento envolvendo uma ou outra garrafa da boa cevada, as coisas desandaram um pouco. Saíam coisas do gênero: "O bom é emagrecer antes de morrer pra não pesar no caixão na hora do enterro". Um pouco pesada, eu sei. Interessante mesmo é estar sóbrio no meio de tudo isso. Principalmente porque essa não foi a pior da noite. Tirando o fato de que ele saiu por uns instantes e o pessoal achou que ele tinha se afogado na privada, ou sido pego por aquelas procissões adiantadas de Ano Novo (um problema da cor do terno). Diante de tal situação, concluiu, entre um soluço e outro, que talvez devesse parar de beber naquela altura do campeonato. E eu, concomitantemente, e para surpresa geral da nação, conclui que, depois de passar a festa inteira sóbrio, assistindo às peripécias do homem do terno branco, o jeito era começar a beber...





Tudo bom pessoal? Essa foi minha primeira história postada aqui no blog e espero que tenham gostado. Qualquer semelhança com a realidade pode não ser mera coincidência, mas um pouco de exagero....

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