2011: Sobre Florestas e Química

Para aqueles que se perguntaram sobre o título, aí vai: aparentemente a Organização das Nações Unidas (ONU) resolveu que, frente à crescente popularidade de temas como ecologia e meio-ambiente (eu sei que são interligados, mas é só para deixar claro) , o grande ano a nossa frente será conhecido como o Ano Internacional das Florestas e o Ano Internacional da Química. Um viva para o ONU. Eles têm ótima empresa de marketing, não? Sem brincadeira. Ano passado foi agraciado com o título de Ano Internacional da Biodiversidade. Muito fofo, não? O ano de 2009 nem se fala. Foi até o Ano do Gorila e das Fibras Naturais. Para ficar claro, eu não sou contra toda essa campanha que a ONU promove. Sou, na verdade, até a favor. Mas o tchans da coisa (homenagem a um grande amigo) é que deveria ser para valer. No final de 2012 o Protocolo de Kyoto termina (exatamente em 31 de Dezembro, se o mundo ainda estiver de pé) e aí? O que vem depois? O Protocolo de Shanguai? Ou, aproveitando a onda do "brasileirismo", o Protocolo de Campo Grande, ou Protocolo de Salvador? O nome até que soa bem.... Desde de que façam algo melhor desta vez, podem chamar até de Protocolo de Caracas.

Agora ao assunto sério (como se eu conseguisse postar algo do gênero...) as tais das homenageadas do ano: as FLORESTAS. Bom, não preciso dizer que a Amazônia é um assunto que requer extremo cuidado e atenção. Mas, aos fatos: a nossa pequena ocupa (ou ao menos costumava ocupar) 49,2% do nosso território e 5% da superfície da Terra (quase 75% é água). Sua dimensões abrangem 6,5 milhões de quilômetros quadrados e possui "apenas" um quinto de toda a água doce do mundo. Os dados são do IBGE, de 2004 (perdoem-me pelos dados quase arcaicos). Assim está melhor. Prefiro trabalhar com números. Mas o que eu quero ressaltar aqui é que não é só a Amazônia que tem que ser protegida. Poucas pessoas parecem ligar, mas tanto na África quanto na Indonésia existem florestas similares. Biomas quase idênticos. Passam desapercebidos pelos olhos de grande parte dos ambientalistas de programa (programa de rádio, de TV, essas coisas ;-D ). Elas são tão importantes quanto a Amazônia.

Mas não vim aqui deixá-los com pena de plantas, mas apenas avisar. Sobre o Ano da Química, não tenho muito o que dizer. Gosto da área, mas acho que tem muito louco envolvido no assunto. Não que eu também não seja um pouco, mas eles são mais. Há de ser ressaltado que, sem a química, as coisas seria um pouco mais difíceis de serem resolvidas nos dias de hoje. Não existiria plástico, por exemplo. E, acreditem, dependemos muito do plástico. A Super Interessante fez uma matéria muito boa sobre como seria uma vida sem plástico. Se eu acabar achando a matéria, posto nos comentários o link para o site ou o número da edição. O que queria realmente ver neste ano (já que ONU propôs) é uma maior conscientização de todos quanto ao uso, a reciclagem e alternativas para o plástico, pois é tanta sacola jogada por aí que daqui a pouco teremos que comer sacolinha de supermercado. A caixa pergunta: "O senhor(a) quer sacolinha?" . E você responde: "Só se for light". Seria o fim da picada.

Pois é. Já está no final, não se preocupem. Fica aqui minha mensagem para 2011: A Floresta Amazônica tem um dos solos mais pobres do Brasil, sem nutrientes e muito arenoso, mas com a decomposição de folhas e outras coisas um pouco mais nojentas na superfície, é capaz de sustentar (porque é só pra isso que o solo serve) umas das florestas mais ricas em biodiversidade de plantas e animais do planeta! Tudo graças à decomposição e uma complexa rede de relações entre tudo vivo por lá. Então a "moral" é a seguinte: Não importa com o que você começa, ou o quão pouco você tem de início, com esforço, pensamento positivo e AÇÃO (fiz questão de ressaltar isso) consegue-se chegar beeem longe.

FELIZ 2011. MUITA SAÚDE E MUITA SORTE!