sábado, 19 de fevereiro de 2011

Uma breve história da África

Essa semana o Samuel Feldberg foi na minha escola dar uma palestra sobre o caso do Egito. Deixo aqui uma parte das minhas anotações e pesquisa.

A questão do Egito é fundamentalmente o petróleo.
Mas o manifesto foi reflexo da Tunísia, onde um vendedor ambulante foi parado pela polícia, que pegou suas mercadorias. Indignado, ele ateou fogo em seu próprio corpo, na frente do governo. Isso desencadeou vários manifestos e revoltas que derrubaram o governo.
O Egito, cansado de sua ditadura (nunca teve experiência democrática), e outros países, como os do Golfo Pérsico, tomaram como exemplo e resolveram agir.
Um fator que gera muita indignação das populações é o econômico, pois a diferença entre os mais ricos e os mais pobres é absurda.
Mas a democracia não é fácil de ser estabelecida, pois não é simplesmente ter eleições. Entre outras coisas, precisa da liberdade de manifestações, liberdade de expressão e a possibilidade de partidos competirem.
Mesmo com tudo isso, o Egito é um exemplo do que pode acontecer no mundo.
Há 60 anos, o partido que está no poder vem controlando a oposição. Ele tem interesse em deixar a flexibilidade, de tornar o país uma democracia? Qual é a lógica de quem está no poder, abrir mão de sua facilidade, só para mudar o sistema? E com esse controle da oposição, quem vai governar?
Não, mas os estudiosos do caso acham que haverá uma pequena flexão no sistema, mínima.
A oposição foi pulverizada e controlada pela polícia secreta, mas tem um grupo, que deu origem a outros como Al-Qaeda, chamado "Irmandade Muçulmana" que tem uma maior influência (na verdade, é pequena, mas se compararmos com as outras que são nada..).

A possibilidade de que Mohamed ElBaradei represente o país é zero, pois ele é conhecido internacionalmente, mas a população egípcia, em si, não o conhece.
As comodities estão em alta, os turistas, vendo os jornais, escolhem outro destino para suas viagens, o que causa um grande impacto na economia. A primeira se dá, pois o Egito tem uma grande dependência de importação de comida, como essa está mais cara, o baque é maior.

E os Estados Unidos com isso tudo?

Os EUA apoiaram Mubarack perceber que ele ia cair e agora apoiam a democracia. Já que $1 bilhão deles vai para o Egito todos os anos, creem na manutenção da relação entre os países, até porque no país temos a presença militar americana.

Informações aleatórias:

  • Haverá revolta no Irã.
  • As manifestações são tão grandes, pois a comunicação agora é rápida. Mesmo sem a internet, um dos melhores meios e mais rápidos, existe o celular, que já é barato e que o mundo inteiro tem.
  • Os EUA conseguem mandar tropas militares para o mundo todo.
  • Acordo de paz entre o Egito e a Jordânia com Israel pode ser quebrado, o que tiraria a estabilidade de Israel.
  • Manifestações: Líbia, Síria, Arábia Saudita, etc.
  • O aumento da inflação já começou a chegar no petróleo, que foi de $90 o barril para $104. Isso pode causar uma crise, que não atingirá o Brasil do mesmo jeito que os outros países, pois nossa reserva de petróleo é grande.
  • O problema no Sudão é anterior a tudo isso. Tratou-se de uma revolta do Sul contra a dominação do Norte.

3 comentários:

  1. Bom bem legal, pra quem gosta de Estudar né, que não é o meu caso mais gostei =D seguindo em seg de volta
    http://bampensamentos.blogspot.com/

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  2. São "vendedores ambulantes" da vida que dão início ao que todos querem, mas tem coragem de fazer. Estamos passando por momentos importantes e as pessoas não estão nem ai (Como o garoto acima). Espero que o Brasil esteja realmente preparado para essa crise do petróleo.

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  3. É, eu não gosto de estudar mas o blog é bem legal.
    _

    http://lollyoliver.wordpress.com/

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