domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mais uma da família...

Olá, cá estou eu de novo, o maior prolixo da parada, após tanto tempo de ausência (um belo chá de sumiço, diga-se de passagem). Dizem que o bom filho à casa torna. Pois bem, estou aqui para provar que não é só o bom filho não... vejo que minha cara Morango já colocou seu Top 5 aqui embaixo. O meu sairá em breve. Estou apenas fazendo uns critérios de desempate. mas, ao que interessa: mais uma crônica de fim de domingo.

Como toda boa família moderna, a minha é matriarcal. Mas não quer dizer que nosso bom patriarca não tenha todo o respeito e admiração da prole. Um belo dia, mais precisamente no seu aniversário de 80 anos, ficou combinado que todos iríamos almoçar juntos num restaurante para comemorar a tão esperada data. afinal, comer é um de seus passatempos prediletos. Faltou só escolher o local. No dia, com toda a italianada reunida, começamos a discussão. Uns queriam honrar os genes e ir a uma cantina, entupirem-se de massa. Outros prefeririam comer em um fino por quilo próximo ao Iguatemi, para agradar gregos, troianos, persas, cartagineses e etc. Enquanto isso, uns terceiros (nos quais me incluía) cansados da discussão, abstinham-se para argumentar sobre um assunto deveras mais importante: A sobremesa. Conversa vai, xingamento vem (muito natural em família italiana), a fome aumentando a níveis críticos, eis que o homenageado do dia que não havia se pronunciado até então, pois estava em um de seus hobbies preferidos, um bom cochilo, ergue ligeiramente a voz das demais e questiona o resultado da discussão. Um pouco desconcertados, os outros familiares ficam um pouco tensos, até que, numa troca de olhares, um dispõe-se a apresentar sua proposta:

- Um restaurante muito bom próximo à Avenida Paulista.
- É bom mesmo?
-Com certeza. é de um renomado chef, cujos pratos são divinos, todos muito chiques. Todo mundo vai adorar, tem de tudo. Eu já fui lá, o ambiente é ótimo...

Até que foi interrompido pelo grande patriarca:

- E quanto é que fica o almoço?
- Apenas cinquenta reais.
- Todo mundo?
- Não, cinquenta reais por pessoa.

Logo após um breve silêncio:

- Por pessoa? Tô fora.

E saiu, acompanhado pelos filhos em busca do quilão mais próximo...

4 comentários:

  1. hauhsuahushausu adoro suas histórias de família. Mesmo :D

    ResponderExcluir
  2. A cada dia voce me traz agradáveis surpresas,suas crônicas são feitas com humor e graça. Podes escolher qualquer profissão, de engenheiro a escritor, ou outra qualquer pois o que vc faz é sempre com amor e dedicação, este é o ingrediente para tudo dar certo na vida. "A única coisa que se coloca entre um homem e o que ele quer na vida é normalmente meramente a vontade de tentar e a fé para acreditar que aquilo é possível" (Richard M. Devos). Isabel

    ResponderExcluir
  3. Mudamos o nosso link, espero sua visita no nosso novo blog com nome novo, só que os mesmos assuntos, obrigado ! ;D

    http://cerejas-envenenadas.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  4. Olá, é a primeira vez que passo por aqui e já gostei. Estou te seguindo para lembrar o caminho para poder voltar ;)
    Você escreve muito bem, e além disso, sabe colocar "pitadas" de felicidade em suas histórias fazendo seus leitores se sentirem agradeis com o texto. Gosto de blog's assim!! A escrita é algo bastante interessante e motivador. Escreva sempre, este é o caminho para o sucesso.
    Deixo meu contato e segue-me também:
    http://wscarlos.blogspot.com/

    Abraços'

    ResponderExcluir