Já faz um tempo que eu não escrevo. O blog só não criou traças porque elas ainda não aprenderam a comentar, mas retorno solene e com um pequeno tópico que vem tirando meu sono.
Falando em tempo, me peguei pensando na curta vivência que tive até agora. E em como parecem distantes os fatos que tento absorver nas aulas de História. Não estou falando de Grécia Antiga, mas da União Soviética, da Ditadura Militar, do Menudo... Quando eu nasci, só existia um Rússia ruim das pernas e dezenas de micropaíses se desligando dela. O Brasil, apesar da maldita corrupção que não arreda pé, já conhecia o Voto Direto, a Tropicália, um presidente boa-pinta que limpou as poupanças de todo mundo e finalmente viu sua moeda tornar-se Real. Logo depois de minha chegada a tão lindo e incompreendido mundo, os brasileiros enxugavam as lágrimas por um titã dos esportes com o pano da bandeira do tetra. Dunga, Taffarel, Romário, Zinho e Rai, entre muitos outros, honraram a passagem de Senna levantando a taça sob seu Tema.
Eu cresci basicamente vendo a potência mundial tentando desenterrar novos antagonistas para interpretar sua eterna peça de mocinho e bandido. Podendo assim justificar suas injustificáveis investidas em busca de petróleo, poderio territorial e econômico. De tanto cutucar a onça de vara curta, conseguiu, talvez, mais do que precisava. Um trágico onze de setembro. Podemos fazer algumas comparações com o ataque de Pearl Harbor, uma vez que serviu exatamente para levantar o bravos americanos contra os inimigos e ter apoio popular suficiente para esculhambar com o Iraque, Irã e todo o Oriente Médio à procura de seu bem treinado filho pródigo: Bin Laden.
Hoje percebo que não só remédio homeopático é manipulado. Apesar de a mídia ser apenas um instrumento para a alienação geral da nação, ela consegue fazer um bom trabalho. Tomem como exemplo a democratização do mundo islâmico. No começo ninguém levou muito a sério. Depois que começou a tomar maiores proporções, o mundo virou para lá de súbito. Tentem lembrar o que veio antes disso. Não? Nem eu. A maioria das transições foi relativamente morna. Baixas, mas as esperadas. Kaddafi é a exceção à regra. O cara que está acostumado a ganhar e fará de tudo para isso. Talvez seja o único projeto de ser humano que esteja contente com o terremoto no Japão. A questão é de suma importância. A situação no país é gravíssima, e isso é inquestionável, mas alguém ouviu falar da Líbia depois disso? Enquanto o mundo todo corre para salvar os mais necessitados, nem mesmo um se importa com os massacrados que são alvos do Rei Momo mais tirânico do mundo árabe. Como eu disse, só pra não dizer que eu não falei dos ditadores...
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